Mortes estranhas no Hospital Municipal continuam gerando polêmica na cidade do Prado

Duas mortes
Até os dias atuais ainda gera desconfiança da população duas mortes ocorridas durante procedimentos médicos no Hospital Municipal Jonivel Lucas, em Prado. Primeiro, em 8 de abril último, Elieuza Bier da Cruz, moradora de uma comunidade conhecida por Morro da Fumaça, nas proximidades do distrito de Cumuruxatiba, morreu após dar entrada na unidade hospitalar. A paciente teria passado mal em casa, recebeu atendimento de uma enfermeira de Cumuruxatiba por volta das 20h e ainda chegou a ser socorrida por uma ambulância do SAMU. Pouco tempo depois, já nas dependências do Hospital Municipal, ela não resistiu e veio a óbito. A causa da morte ainda é desconhecida.


por:Alexandro sousa. transamericacantagalo.blogspot.com.br


Poucos dias após essa morte a assessoria da prefeita Mayra Brito (PP) rechaçou a informação de atendimento inadequado ou falta dele e ainda ameaçou que o setor jurídica do município estaria “formulando uma representação junto à Justiça local no sentido de responsabilizar alguns sites da cidade”, esses que denunciaram a desconfiança nos procedimentos médicos na época..

No dia primeiro de maio deste ano de 2013, menos de um mês após a morte de Elieuza, a jovem Luciene Tavares de Lima, 29, moradora do bairro São Brás, na sede, deu entrada no Hospital Jonival Lucas em estado de parto. Durante todo o dia daquela quarta-feira (01/05), Luciene permanecia internada e sentido contratações.

Segundo informações do médico Frank Campos, divulgadas em forma de nota pela assessoria de comunicação do município, durante o dia foram feitos pelo menos cinco exames de toques, quando o quadro da mãe sempre apresentou como normal para serviço posterior de parto.

Ainda segundo a nota, já por volta das 19h, quando Luciene teria passado pelo 5º exame de toque, a mesma apresentava dilatação necessária para realização de um parto normal. “Às 19h30 a grávida foi levada para a mesa de parto. O quadro dela era normal, não apresentava nenhuma complicação como pré-eclampse e diabetes. O ultrassom mostrava a criança na posição correta para o nascimento. Na hora do nascimento, Luciene chegou a ter dificuldades para colocar a criança para fora, fizemos manobras e aplicamos medicações para facilitar a saída do bebê. Cerca de duas horas depois, às 21h45, a criança nasceu, porém sem nenhum sinal vital. Levamos a criança para mesa, fizemos por 40 minutos trabalho de reanimação, mas o bebê não apresentou nenhuma reação”, informou na nota o médico Frank Campos.


A avó do bebê morto lamentou o fato ainda dentro das dependências do Hospital Municipal de Prado

Mesmo diante dessas informações alguns procedimentos geraram estranheza em familiares e outros moradores do Prado. Primeiro o tempo de internação para que fosse realizado o procedimento de parto e depois, se foi feito o exame de ultrassom e as condições do bebê estavam normais, porque o óbito não foi constatado com antecedência. Por último, também não convence a informação que uma criança que já estava em óbito no nascimento, permanecer por 40 minutos recebendo todo o atendimento possível para reanimação.

Até o fechamento dessa reportagem a secretaria municipal de Saúde do Prado, não informou se alguma sindicância foi aberta para investigar o caso, que a partir de agora pode parar no Conselho Regional de Medicina (CRM).

Na época do caso foi divulgada uma informação considerada esdrúxula, dando conta que a mãe de Luciene e avó do bebê morto, Maria Domingas, 55 anos, apesar de levar para caso a criança em um caixão, ainda “agradeceu ao médico pelos esforços”.


fonte : Prado agora

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